segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cientistas da FIOCRUZ concluem genoma da vacina da tuberculose.

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
 
Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) publicaram o genoma completo da vacina contra a tuberculose usada no Brasil.
 
O trabalho, que saiu recentemente no "Journal of Bacteriology", pode ajudar a melhorar a vacina, que é aplicada em recém-nascidos.
 
O país ainda registra mais de 70 mil casos de tuberculose por ano, com 5.000 mortos. No mundo, a tuberculose causa 1,4 milhão de mortes: três mortos por minuto.
 
"Sabemos que a vacina tem uma eficácia melhor na infância, mas protege menos os adultos. O genoma da vacina pode nos ajudar a entender isso", explica a pesquisadora Leila Mendonça Lima, coordenadora do trabalho.
 
O genoma da vacina utilizada no Brasil é importante porque as linhagens da bactéria (cepas) utilizadas para produção da vacina BCG variam em cada país.
Essa diferenciação aconteceu por causa de mutações dos micro-organismos utilizados para fazer a vacina.
 
O Brasil é um dos únicos países do mundo a utilizar a cepa mureau da BCG. "Por isso é importante que a gente compreenda essa cepa", diz Lima, da Fiocruz.
 
A análise genômica da vacina começou em 2004 e envolveu cerca de dez pesquisadores da Fiocruz e da Fundação Ataulpho de Paiva (produtora da BCG no Brasil).
 
A expectativa agora é começar a propor melhorias para a vacina a partir dos dados.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Punção Arterial. Resolução COFEN Nº 390/2011.

Resenha: 
NORMATIZA A EXECUÇÃO, PELO ENFERMEIRO, DA PUNÇÃO ARTERIAL TANTO PARA FINS DE GASOMETRIA COMO PARA MONITORIZAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL INVASIVA.
O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso das atribuições que lhe são conferidas pel Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 242, de 31 de agosto de 2000,
CONSIDERANDO o Artigo 11, inciso I, alínea "m", da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, segundo o qual o Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem, cabendo-lhe, privativamente, a execução de cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
CONSIDERANDO a punção arterial para fins de gasometria e monitorização de pressão arterial invasiva como um procedimento complexo, que demanda competência técnica e científica em sua execução;
CONSIDERANDO a Resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado
profissional de Enfermagem; e
CONSIDERANDO tudo mais que consta nos autos do PAD/Cofen nº 124/2011 e a deliberação do Plenário em sua 407ª Reunião Ordinária.
RESOLVE:
Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão.
Parágrafo único O Enfermeiro deverá estra dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento, atentando para a capacitação contínua necessária à sua realização.
Art. 2º O procedimento a que se refere o artigo anterior deve ser executado no contexto do Processo de Enfermagem, atendendo-se as determinações da Resolução Cofen nº 358/2009.
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de outubro de 2011.
JULITA CORREIA FEITOSA
Presidente em Exercício
GELSON L. DE ALBUQUERQUE
Primeiro-Secretário
Publicada no DOU nº 202, de 20 de outubro de 2011, pág. 146 - Seção 1

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Enfermagem: O mercado tem deficiência de profissionais qualificados.

Quem acha que o trabalho na área da enfermagem envolve somente o apoio médico em clínicas e hospitais, se engana. Os profissionais realizam pesquisas, trabalham dentro de empresas e academias, dão aulas em escolas e universidades e administram equipes.

Os enfermeiros são responsáveis por 65% das ações de qualidade e atenção à saúde no país. Apesar da diversidade de atuação, o mercado ainda tem deficiência de profissionais que atendam à demanda nacional. Segundo Míriam Heidemann, enfermeira e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis, a demanda de formação de profissionais dessa área não condiz com a necessidade do país.

A proporção de médicos e enfermeiros no Brasil está em 9,1 médicos para 1 enfermeiro. Em países desenvolvidos, essa situação é inversa, o que garante maior sucesso nas ações de saúde, tendo em vista as especificidades técnicas no trabalho do enfermeiro na promoção à saúde e prevenção de doenças , afirma.

De acordo com dados obtidos em 2002 pelo Conselho Federal de Enfermagem, em toda a região norte do país existem somente 4.724 enfermeiros. Na região centro-oeste 6.131, no nordeste 22.032, no sul 16.806 e no sudeste 48.275, a área de maior concentração.

Na avaliação de Heidemann, essa desproporção acontece porque ainda existe uma cultura, em determinadas regiões do país, de que profissões de maior prestígio são as de medicina e odontologia.

Remuneração A enfermagem pode ser uma profissão com boa remuneração. Os salários dependem do poder aquisitivo do local de trabalho e do tipo de trabalho desenvolvido pelo enfermeiro. Os consultores e pesquisadores, por exemplo, têm seus salários base em torno de R$ 4.650,00 e recebem, à parte, valores relacionados às tarefas desempenhadas.

De acordo com a professora Miriam Heidemann, a qualificação é um ponto fundamental no critério de remuneração. Quanto maior a escolaridade do enfermeiro, em termos de pós-graduações lato sensu (especializações) e strictu senso (mestrados e doutorados) maiores conquistas salariais.

As grandes empresas também oferecem bons salários aos profissionais especializados em Enfermagem do Trabalho. A remuneração inicial é R$ 3.000,00, podendo chegar a R$ 8.000,00 ou mais, dependendo do tamanho da companhia. Entre as atividades desempenhadas estão a identificação e promoção das necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do ambiente de trabalho, executando programas de proteção à saúde dos empregados.

Pré-requisitos Curiosidade, gostar de estudar, ter hábito de leitura, ter habilidade de comunicação, paixão pelo que faz, potencial de crítica e reflexão, habilidade/destreza corporal e manual são algumas das características necessárias ao profissional de enfermagem, conforme aponta a professora Miriam Heidemann.

Amar a beleza da vida e do homem, lidar e apoiar o nascer e o morrer como condições de existência, sensibilidade para lidar com a dor dos outros, ter empatia e estar ciente de que tudo se transforma são aspectos que o profissional de enfermagem deve valorizar , afirma.

Campos em expansão As estratégias de saúde da família estão em expansão em todo o país. Há municípios em que essas unidades não funcionam pela falta de médicos e enfermeiros, especialmente em áreas da região norte e nordeste.

A home care, que é o atendimento domiciliar, também está ampliando sua atuação na medida em que humaniza o atendimento ao paciente, que fica próximo da sua família. O enfermeiro, neste caso, pode empresariar uma unidade de atendimento deste tipo ou ser contrato por seguradora, plano de saúde ou hospital para essas funções. O campo da pesquisa na área da saúde e da enfermagem é outro campo em permanente expansão.

As especializações nas diversas áreas da saúde oncologia, estética, obstetrícia, geriatria, ortopedia etc também necessitam de um profissional de enfermagem com treinamento específico para esses setores. Além do especialista. Heidemann lembra que o mercado carece de enfermeiros com habilidades gerenciais e administrativas para participar ativamente da gestão hospitalar e de outras ações ligadas à consultoria e auditoria na área de saúde.


Fonte: Cofen - Rede Jovem

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Simpósio de Enfermagem da UNICEP. Mini curso de Aurículoacupuntura.

27/10/2011
“A Enfermagem que temos e a Enfermagem que queremos” na UNICEP

Nos dias 8, 10 e 11 de outubro, o curso de Enfermagem da UNICEP promoveu o II Simpósio de Enfermagem, com o tema “A Enfermagem que temos e a Enfermagem que queremos”.
De acordo com Monica Eichemberger, aluna do 4º período de Enfermagem, o tema foi escolhido por diversas razões: “Nós temos uma enfermagem bastante competitiva e, além disso, a mídia tem mostrado apenas o lado ruim. Nós querermos mudar essa visão. A enfermagem passada para os alunos aqui da UNICEP é uma enfermagem de consciência. Eu posso afirmar isso, porque aqui nós temos muitas palestras e os professores são evasivos na formação de profissionais de qualidade. Assim, a enfermagem do futuro tem que ser humanizada e em benefício ao próximo”.
Monica explicou que é importante que os alunos participem do simpósio, pois este abrange vários temas, como: saúde coletiva e saúde pública, acupuntura, exames laboratoriais, dentre outros. “Diversos temas foram abordados no simpósio, formando assim um leque de opções para os alunos que ainda não decidiram que área seguir. Os alunos devem aproveitar o simpósio para ouvir a opinião de profissionais que já estão na área para ver o que mais lhe agrada”.
O enf.º Esp. Márcio Bertuga ministrou o mini-curso “Aurículo Acupuntura”. Márcio gostou de participar do simpósio: “Achei um convite importante porque a Enfermagem é uma área que precisa de destaque, que precisa ser mais valorizada e esse simpósio da UNICEP vem colaborar definitivamente para isso”.
“O mini-curso é sobre a acupuntura feita no pavilhão auricular, na orelha. O COREN (Conselho Regional de Enfermagem) reconhece a acupuntura como especialidade do enfermeiro, então, essa palestra é muito importante para deixar claro ao enfermeiro sobre as possibilidades de ele se especializar na acupuntura e também já colocar alguns temas iniciais que ele possa buscar desenvolver durante a graduação ou mesmo na especialização”, explicou o enfermeiro.