sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Do Pré-natal ao Puerpério Para Mães e Pais
Márcio R. Bertuga
Professor de Pós-graduação da Fundação Hermínio Ometto – Uniararas
Tutor de Especialização em Cuidado Pré-natal da Universidade Federal de São Paulo

É de costume que as mulheres ao engravidarem procurem o serviço de saúde para darem início ao conhecido acompanhamento pré-natal. Esse processo é importante, pois por meio de exames clínicos e laboratoriais, é possível identificar anomalias e doenças que podem levar a diversas complicações para a mulher e para o bebê. Através do acompanhamento por profissional médico ou enfermeiro, esses exames buscam detectar precocemente doenças infecciosas, sexualmente transmissíveis ou não e, dessa forma tratar a mãe e prevenir que o bebê seja contaminado ou que possíveis complicações sejam atenuadas.
Ocorre que esses exames podem ser realizados antes mesmo da mulher engravidar e, assim, possibilitar tratamentos mais efetivos que não podem ser realizados durante o processo gestacional ou mesmo evitando-se uma gravidez que será interrompida naturalmente ou não. A interrupção ou abortamento natural acontece quando o organismo percebe a presença de um embrião ou feto inviável, ou seja, com características incompatíveis com a vida e o descarta na forma de aborto espontâneo. Já a interrupção intencional pode ser realizada em situações especiais e patológicas, previstas em Lei, como nos casos de crianças anencéfalas, por exemplo.
Fato é que o pré-natal que ocorre antes mesmo da confirmação da gravidez, pode ser adequado ao futuro pai. Este conceito de pré-natal pouco usual, também avalia a saúde do homem, a possibilidade de doenças infecciosas e doenças sexualmente transmissíveis (DST), além do exame conhecido como espermograma, que tem por finalidade principal, verificar a quantidade, qualidade e motilidade dos espermatozoides. Estes podem apresentar problemas muitas vezes corrigíveis; esses problemas podem resultar em tentativas infrutíferas de fecundação do óvulo materno e, se tratados, proporcionam a viabilidade do espermatozoide e a possibilidade da funcionalidade característica.
Após a evidenciação do estado de saúde materna e paterna; ou mesmo da detecção e tratamento de possíveis intercorrências, o acompanhamento da gravidez se dá por meio da observação do desenvolvimento fetal no período que antecede o parto, geralmente nove meses. Nesse período, os inconvenientes que ocorram na saúde da mãe são identificados e tratados, assim como medidas preventivas são tomadas para a boa saúde do bebê. Medidas são tomadas todos os meses, peso materno, altura uterina, mobilidade fetal, sinais vitais da mãe e do bebê, posicionamento do mesmo e tantos outros. Bom lembrar que tais procedimentos podem ser realizados tanto por médicos como por enfermeiros.
O período é cercado por grande ansiedade do casal e por esse motivo a boa saúde física e emocional de ambos deve ser mantida; desse modo o pai tem papel fundamental na evolução positiva do processo e deve participar entusiasticamente de todos os acontecimentos que estejam ligados a mãe e a criança.
Esse acontecimento não termina com o parto, continua na fase do puerpério, no tempo que se segue ao nascimento; a ida ao serviço de saúde se faz premente, é por meio do acompanhamento na consulta puerperal que médico e/ou enfermeiro procurarão verificar o estado de saúde materna e do recém-nascido, orientarão em questões de amamentação, nutrição, involução da situação física da mulher que lhe foi própria da gravidez e a evolução da criança. Nesses tempos, é bom que pai e mãe estejam atentos na contribuição para a construção de um futuro feliz para o novo habitante de um mundo em transformações.

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